sexta-feira, 6 de junho de 2008

Claudia Andujar






Claudia Andujar nasceu na Suíça e viveu na Hungria e Estados Unidos, onde estuda no Hunter College de Nova Iorque. Na década de 50, muda para São Paulo e começa a fotografar. Em 57 se naturaliza brasileira. Atuou como fotojornalista na extinta Realidade e tem imagens publicadas na Life, Fortune, Quatro Rodas, entre outras. Já na década de 70 começa a documentar a vida dos índios amazônicos, notadamente os yanomami. Em 1979, participa da Comissão pela Criação do Parque Yanomami; em seguida, coordena campanha pela demarcação do território Yanomami e, entre 1993 e 1998, o Programa Institucional da Comissão Pró-Yanomami. É autora dos livros: 'Bicos World', (EUA, 58); 'The Amazon', (Holanda, 73); 'Amazônia' em parceria com George Love (78); 'Mitopoemas Yanomami' e 'Yanomami em frente do Eterno', (ambos de 79); 'Missa da Terra sem Males' (82). Em 1972, realiza o filme documentário 'Povo da Lua, Povo do Sangue: Yanomami'.

Recebeu duas bolsas da Fundação Guggenheim, de Nova York, em 1972 e 1974; e da Fundação de Auxílio à Pesquisa do Estado de São Paulo em 1976. Já expôs em diversos países como EUA, Portugal, Suíça, Alemanha, entre outros. Suas imagens fazem parte do acervo do MoMA, Eastman House e Museu de Arte de Houston (todos EUA). No Brasil, tem obras nas coleções Pirelli/Masp de Fotografia e MAC/SP.


Por Juan Esteves

Não é possível definir o trabalho de Claudia Andujar como documental. Há muito mais da arte do que da ciência em suas imagens. Muito mais emoção do que razão. O movimento, o uso do chiaro-scuro apurado, a sutileza de suas insinuações, estão mais para o prazer do que para o conhecer.

Suas imagens se tornaram antológicas a partir do momento em que os demais, ávidos da mesma mescalina, banalizaram o objeto fotográfico. É justamente por isso que seu portifólio sempre é poderoso. Arrojado por natureza, é vanguarda de qualquer época, é vanguarda da boa fotografia, da boa arte.

Fonte: Revista eletrônica FOTOSITE